"Água sempre foi sinônimo de vida. Os primeiros seres vivos são aquáticos, e não é à toa que em inúmeras práticas culturais e religiosas a água tem grande valor simbólico. No entanto, este recurso vital não está acessível a todos e milhões de pessoas morrem por ano de doenças associadas à falta de água limpa e condições mínimas de higiene. O ano de 2005 marca o início da Década Internacional Água para a Vida, que visa reduzir pela metade, até 2015, o número de pessoas sem acesso à água potável e ao saneamento básico, e acabar com a exploração insustentável dos recursos hídricos.
A Década Internacional Água para a Vida, entrou em vigor oficialmente em 22 de março deste ano, Dia Mundial da Água. Para o Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, ela representa “uma excelente oportunidade para a comunidade internacional avançar em direção a uma verdadeira integração para a administração da água mundial, garantindo o uso sustentável para as próximas gerações”.
A água e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
A Década é resultado da Conferência Mundial de Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo (África do Sul), em 2002, e suas metas estão intimamente ligadas aos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), já que a água é fator crucial para a redução da pobreza, da fome e da desnutrição no mundo. Boas condições sanitárias e acesso à água potável melhoram a saúde das crianças, diminuindo os riscos de doenças, reduzindo a mortalidade infantil e, conseqüentemente, aumentando a presença nas salas de aula. Além disso, o uso da água de forma consciente é vital para a sustentabilidade do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável.
Nos países pobres, a degradação dos recursos hídricos é, em sua maioria, causada pela pobreza, já que a sobrevivência é prioritária em relação à proteção do meio ambiente. O consumo insustentável é a causa da degradação ambiental nos países desenvolvidos.
A Década pretende direcionar ações para a solução da degradação, a partir da conscientização das comunidades e de sua participação nos processos de decisão. E, ainda, reconhecer o valor econômico da preservação ambiental, implementar e reafirmar acordos multilaterais relativos à questão, e fazer uso de incentivos fiscais para promover a preservação.
Água para a Vida, é, antes de tudo, uma chance para a cooperação internacional na administração de um recurso vital para a humanidade. É a oportunidade de países compartilharem não só as águas, mas saneamento, saúde e sustentabilidade.
Água para a mulher
Durante a Década será necessária a participação do maior número possível de mulheres, pois na maioria das sociedades são elas que buscam, manuseiam e guardam água para as necessidades familiares como higiene, saneamento e saúde. Elas também detêm conhecimentos consideráveis sobre diversos aspectos do assunto, incluindo local, qualidade e métodos de armazenagem. Ao mesmo tempo, as mulheres são as grandes vitimas da falta de água: a ausência de banheiros nas escolas faz com que as meninas não freqüentem as aulas e são as mulheres que percorrem, à procura de água, distâncias longas ou áreas perigosas, o que pode resultar em violência contra elas. Se todos tiverem acesso à água, elas terão mais tempo para realizar outras atividades como freqüentar a escola, tomar conta dos filhos e realizar as tarefas de casa.
A melhoria no acesso à água potável e ao saneamento é importante pois, além de envolver a ajuda de ambos os sexos, irá beneficiar outras áreas como a redução da pobreza, possibilidade de educação pra as meninas e redução da mortalidade infantil e materna. A criatividade, energia e conhecimento de homens e mulheres podem contribuir para o melhor funcionamento do projeto.
Para isso se tornar realidade, no entanto, será necessário que diversas recomendações sejam implementadas em todos os países do mundo. São elas, por exemplo: igualdade de participação de homens e mulheres nas tomadas de decisões em questões relativas à água; atenção à privacidade e segurança necessárias para mulheres e meninas; formas de melhorar o saneamento; e acesso a água para todos, entre dezenas de outras.
A água em números
A Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que para atingir os objetivos da Década serão necessários 11,3 bilhões de dólares.
Um bilhão e meio de pessoas terão que ganhar acesso à água potável e ao saneamento básico, o que significa 100 milhões de pessoas por ano ou 274 mil por dia.
Mais de 2 milhões, em sua maioria crianças, morrem por ano em decorrência de doenças associadas à falta de água potável e saneamento básico.
Quinhentos milhões de pessoas vivem em países com escassez de água.
Mais da metade dos leitos de hospitais em países em desenvolvimento é ocupado por pacientes com doenças associadas à falta de água potável e saneamento."
A Década Internacional Água para a Vida, entrou em vigor oficialmente em 22 de março deste ano, Dia Mundial da Água. Para o Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, ela representa “uma excelente oportunidade para a comunidade internacional avançar em direção a uma verdadeira integração para a administração da água mundial, garantindo o uso sustentável para as próximas gerações”.
A água e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
A Década é resultado da Conferência Mundial de Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo (África do Sul), em 2002, e suas metas estão intimamente ligadas aos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), já que a água é fator crucial para a redução da pobreza, da fome e da desnutrição no mundo. Boas condições sanitárias e acesso à água potável melhoram a saúde das crianças, diminuindo os riscos de doenças, reduzindo a mortalidade infantil e, conseqüentemente, aumentando a presença nas salas de aula. Além disso, o uso da água de forma consciente é vital para a sustentabilidade do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável.
Nos países pobres, a degradação dos recursos hídricos é, em sua maioria, causada pela pobreza, já que a sobrevivência é prioritária em relação à proteção do meio ambiente. O consumo insustentável é a causa da degradação ambiental nos países desenvolvidos.
A Década pretende direcionar ações para a solução da degradação, a partir da conscientização das comunidades e de sua participação nos processos de decisão. E, ainda, reconhecer o valor econômico da preservação ambiental, implementar e reafirmar acordos multilaterais relativos à questão, e fazer uso de incentivos fiscais para promover a preservação.
Água para a Vida, é, antes de tudo, uma chance para a cooperação internacional na administração de um recurso vital para a humanidade. É a oportunidade de países compartilharem não só as águas, mas saneamento, saúde e sustentabilidade.
Água para a mulher
Durante a Década será necessária a participação do maior número possível de mulheres, pois na maioria das sociedades são elas que buscam, manuseiam e guardam água para as necessidades familiares como higiene, saneamento e saúde. Elas também detêm conhecimentos consideráveis sobre diversos aspectos do assunto, incluindo local, qualidade e métodos de armazenagem. Ao mesmo tempo, as mulheres são as grandes vitimas da falta de água: a ausência de banheiros nas escolas faz com que as meninas não freqüentem as aulas e são as mulheres que percorrem, à procura de água, distâncias longas ou áreas perigosas, o que pode resultar em violência contra elas. Se todos tiverem acesso à água, elas terão mais tempo para realizar outras atividades como freqüentar a escola, tomar conta dos filhos e realizar as tarefas de casa.
A melhoria no acesso à água potável e ao saneamento é importante pois, além de envolver a ajuda de ambos os sexos, irá beneficiar outras áreas como a redução da pobreza, possibilidade de educação pra as meninas e redução da mortalidade infantil e materna. A criatividade, energia e conhecimento de homens e mulheres podem contribuir para o melhor funcionamento do projeto.
Para isso se tornar realidade, no entanto, será necessário que diversas recomendações sejam implementadas em todos os países do mundo. São elas, por exemplo: igualdade de participação de homens e mulheres nas tomadas de decisões em questões relativas à água; atenção à privacidade e segurança necessárias para mulheres e meninas; formas de melhorar o saneamento; e acesso a água para todos, entre dezenas de outras.
A água em números
A Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que para atingir os objetivos da Década serão necessários 11,3 bilhões de dólares.
Um bilhão e meio de pessoas terão que ganhar acesso à água potável e ao saneamento básico, o que significa 100 milhões de pessoas por ano ou 274 mil por dia.
Mais de 2 milhões, em sua maioria crianças, morrem por ano em decorrência de doenças associadas à falta de água potável e saneamento básico.
Quinhentos milhões de pessoas vivem em países com escassez de água.
Mais da metade dos leitos de hospitais em países em desenvolvimento é ocupado por pacientes com doenças associadas à falta de água potável e saneamento."
Link,http://www.unicrio.org.br/AgendaTextos.php?Texto=agenda_20050821b.htm, consultado a 19 de agosto de 2006