Sunday, December 21, 2008

Desenvolvimento Humano e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O conceito de Desenvolvimento Humano é a base do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicado anualmente, e também do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ele parte do pressuposto de que para aferir o avanço de uma população não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.
Esse enfoque é apresentado desde 1990 nos RDHs, que propõem uma agenda sobre temas relevantes ligados ao desenvolvimento humano e reúnem tabelas estatísticas e informações sobre o assunto. A cargo do
PNUD, o relatório foi idealizado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq (1934-1998). Atualmente, é publicado em dezenas de idiomas e em mais de cem países.

O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano
O objetivo da elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano é oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano
Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver".
Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada país, o IDH também leva em conta dois outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a longevidade, o indicador utiliza números de expectativa de vida ao nascer. O item educação é avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. A renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar PPC (paridade do poder de compra, que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Essas três dimensões têm a mesma importância no índice, que varia de zero a um.
Apesar de ter sido publicado pela primeira vez em 1990, o índice foi recalculado para os anos anteriores, a partir de 1975. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave do
s Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administraçõ Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que pode ser consultado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, um banco de dados eletrônico com informações sócio-econômicas sobre os 5.507 municípios do país, os 26 Estados e o Distrito Federal.

Frase: "Devo reconhecer que não via no início muito mérito no IDH em si, embora tivesse tido o privilégio de ajudar a idealizá-lo. A princípio, demonstrei bastante ceticismo ao criador doRelatório de Desenvolvimento Humano, Mahbub ul Haq, sobre a tentativa de focalizar, em um índice bruto deste tipo - apenas um número -, a realidade complexa do desenvolvimento e da privação humanos. (...) Mas, após a primeira hesitação, Mahbub convenceu-se de que a hegemonia do PIB (índice demasiadamente utilizado e valorizado que ele queria suplantar) não seria quebrada por nenhum conjunto de tabelas. As pessoas olhariam para elas com respeito, disse ele, mas quando chegasse a hora de utilizar uma medida sucinta de desenvolvimento, recorreriam ao pouco atraente PIB, pois apesar de bruto era conveniente. (...) Devo admitir que Mahbub entendeu isso muito bem. E estou muito contente por não termos conseguido desviá-lo de sua busca por uma medida crua. Mediante a utilização habilidosa do poder de atração do IDH, Mahbub conseguiu que os leitores se interessassem pela grande categoria de tabelas sistemáticas e pelas análises críticas detalhadas que fazem parte do Relatório de Desenvolvimento Humano."
Amartya Sen, Prêmio Nobel da Economia em 1998, no prefácio do RDH de 1999.

Link,
http://www.pnud.org.br/idh/, consultado a 20 de Dezembro de 2008.

Monday, December 15, 2008

UNICEF Kids

UNICEF Kids traz informações sobre as crianças para as crianças

(...) O site tem informações sobre os direitos de cada criança e adolescente, como saúde, educação, igualdade, proteção. Tem também testes, vídeos, enquetes, fóruns, curiosidades, papéis de parede e cartões para você mandar para os seus amigos e a sua família.
Acreditamos que conhecer os seus direitos e saber mais sobre a vida das crianças brasileiras e do resto do mundo é, além de divertido, muito importante para fazer valer o que está escrito nas leis.
E, mais do que ninguém, você é parte importante na construção dessa história.
Bem-vind@ ao UNICEF Kids!
Link,http://www.unicefkids.org.br/, consultado a 13 de Dezembro de 2008.

Thursday, December 11, 2008

The Universal Declaration of Human Rights 1948-2008

Human Rights Day - Dignity and Justice fopr all of us

"On this Human Rights Day, it is my hope that we will all act on our collective responsibility to uphold the rights enshrined in the Universal Declaration. We can only honour the towering vision of that inspiring document when its principles are fully applied everywhere, for everyone." Video
Secretary-General Ban Ki-moon

"We must work for the full implementation of human rights on the ground in a way that affects and improves the lives of the men, women and children who are all entitled, regardless of their race, sex, religion, nationality, property or birth, to realization of each and every right set forth in the Universal Declaration." Video
High Commissioner for Human Rights, Navanethem Pillay


Schedule of Events for Human Rights Day 10 December, 2008at UN Headquarters in New York
On Human Rights Day, 10 December, 2007 the Secretary-General launched a year-long campaign during which all parts of the United Nations family took part in the lead up to the 60th anniversary of the
Universal Declaration of Human Rights (UDHR) on Human Rights Day 2008. With more than 360 language versions to help them, UN organizations around the globe used the year to focus on helping people everywhere to learn about their human rights. The UDHR was the first international recognition that all human beings have fundamental rights and freedoms and it continues to be a living and relevant document today. The theme of the campaign, “Dignity and justice for all of us,” reinforces the vision of the Declaration as a commitment to universal dignity and justice and not something that should be viewed as a luxury or a wish-list.

Link,
http://www.un.org/events/humanrights/2008/, consultado a 10 de Dezembro de 2008.

Refugiados - Exílio duradouro

Refugiados afegãos fazem fila para buscar água no campo em New Shamshatoo, Paquistão. ©UNHCR/C.Shirley

Refugiados são o símbolo de nossos tempos turbulentos. A cada novo conflito que se inicia, jornais e televisões em todo o mundo são tomados por imagens de multidões se movimentando, fugindo dos seus próprios países com a roupa do corpo e poucas coisas que podem carregar. Quem sobrevive a esta jornada depende da boa vontade de países vizinhos em abrir suas portas e da habilidade de organizações humanitárias em prover comida, abrigo e atenção básica.

Mas o que acontece quando o êxodo termina, os jornalistas vão embora e o mundo volta sua atenção para a próxima crise? Na maioria dos casos, os refugiados são deixados para trás, obrigados a gastar os melhores anos de suas vidas em campos e acampamentos miseráveis, expostos a todos os tipos de perigos e com sérias restrições sobre seus direitos e liberdades.

O problema das situações prolongadas de refúgio atingiu proporções enormes. De acordo com recentes estatísticas do
ACNUR, cerca de seis milhões de pessoas têm vivido no exílio por cinco anos ou mais - sem contar os mais de quatro milhões de refugiados palestinos. Mais de 30 situações como esta são encontradas no mundo, a grande maioria em países da África e da Ásia que sofrem para atender as necessidades dos seus próprios cidadãos.

Muitos desses refugiados estão, na prática, presos nos campos e nas comunidades onde estão acomodados. Não podem voltar casa porque seus países de origem – Afeganistão, Iraque, Myanmar, Somália e Sudão, por exemplo – estão em guerra ou afetados por sérias violações dos direitos humanos. Na maioria dos casos, as autoridades dos países de refúgio não permitem a integração local nem concedem cidadania. Apenas uma pequena parcela consegue ser reassentada na Áustrália, Canadá, Estados Unidos ou outro país desenvolvido.

Durante longos anos no exílio, esses refugiados são confrontados com uma vída difícil. Em alguns casos, não têm liberdade de movimento ou acesso à terra, e não podem procurar trabalho. O tempo passa, e a comunidade internacional perde o interesse nessas situações. O financiamento seca, e serviços essenciais como educação e saúde ficam estagnados e se deterioram.

Espremidos em acampamentos lotados, sem renda e sem o que fazer para ocupar seu tempo, esses refugiados são afetados por todas as doenças sociais, incluindo prostituição, estupro e violência. Não é de se estranhar que, mesmo com todas as restrições, muitos assumem o risco de se mudar para áreas urbanas ou migrar para outro país, colocando-se nas mãos perigosas de traficantes de pessoas.

Meninas e meninos refugiados sofrem enormemente nestas circunstâncias. Uma proporção crescente dos exilados do mundo nasceram e cresceram no ambiente artificial de um campo de refugiados, seus pais sem condições de trabalhar e, em muitos casos, dependentes de escassas rações fornecidas por agências internacionais de ajuda. E mesmo se a paz retorna a seus países de origem, esses jovens voltarão para uma “terra natal” que nunca viram e onde não podem sequer falar a língua local.

Considero intolerável que o potencial humano de tantas pessoas está sendo desperdiçado durante seu tempo em exílio. É imperativo que medidas sejam tomadas para encontrar uma solução para essa triste situação.

Primeiro, é necessário um esforço concertado para deter os conflitos armados e as violações de direitos humanos que obrigam as pessoas a deixar seus países e viver como refugiados. Neste aspecto, a
ONU tem um papel particularmente importante, como mediadora, negociadora, por meio do estabelecimento de forças de paz ou punindo os culpados por crimes de guerra.

Segundo, mesmo que o financiamento esteja escasso por causa da atual crise financeira, todo esforço deve ser feito para melhorar as condições dos refugiados em exílio prolongado, estejam vivendo em acampamentos, nas cidades ou na zona rural. É preciso priorizar o fornecimento de meios de vida, educação e treinamento. Com esses recursos à disposção, os refugiados terão uma vida mais produtiva e recompensadora, podendo preparar seu futuro - onde quer que seja.

Finalmente, mesmo sabendo as situações prolongadas de refúgio não serão resolvidas levando todas as pessoas para países desenvolvidos, as nações mais ricas devem reassentar parte dessa população, principalmente as pessoas com maior risco de segurança e bem estar, demonstrando sua solidariedade com os países que abrigam grande números de refugiados.

Os problemas dos refugiados são responsabilidade da comunidade internacional, e só são efetivamente enfrentados com cooperação e ações coletivas.

Devemos assegurar que a assistência dada aos resultados também beneficiam as populações locais. Devemos encorajar a comunidade internacional a apoiar adequadamente os países dispostos a naturalizar refugiados e dar cidadania a eles.

E devemos estabelecer abordagens mais efetivas para o retorno e reintegração de refugiados em seus países de origem, fazendo com que se beneficiem e contribuam para os processos de construção da paz.

António Guterres é o Alto Comissário da ONU para Refugiados, chefe do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) e ex-Primeiro Ministro de Portugal
.

Fonte,
http://www.acnur.org/t3/portugues/paginas/dialogo2008/exilio-duradouro-por-antonio-guterres/, consultado a 10 de Dezembro de 2008.

Monday, December 01, 2008

Dhaka Project

Maria Conceiçao founder of the Dhaka Project

Dhaka Project

Maria do Céu da Conceição é uma hospedeira de bordo, de 29 anos, natural de Portugal, que trabalha para a Emirates Airlines e vive no Dubai. Em 2005, numa das viagens a Dhaka, a capital do Bangladesh, ficou impressionada com o nível de pobreza e decidiu que tinha de fazer algo, tendo começado a ajudar crianças de um bairro muito pobre da capital. Nas repetidas idas a Dhaka, Maria, no seu tempo livre, criou um pequeno grupo humanitário: o Dhaka Project.
For more info, e-mail maria_conceicao@yahoo.com